Saturday, April 07, 2007

Leônidas Cuecão de Couro vs Xerxes, a Biba Gigante



Acabei de chegar do cinema, fui assistir 300. Gostei muito dos quadrinhos, apesar de ter lido quando moleque. Como estava todo mundo comentando sobre o filme, resolvi arriscar. Parece que está numa moda danada fazer versões cinematográficas para alguns clássicos dos quadrinhos. Isso é bem interessante em alguns pontos, mas muitos cuidados precisam ser tomados. Sin City foi um exemplo interessante do que pode ser feito e do que não deveria ser feito. Puta filme, com efeitos fodas. O visual do homem amarelo ficou tão arrepiante quanto nos quadrinhos, mas o filme parece durar uma eternidade. Não que ele seja tão longo, mas com certeza é cansativo de dar nos nervos. Não precisava tentar entulhar tanta coisa em um pedação só de película, dava para ter dividido.

Trezentos ficou com um visual bem maneiro, ao misturar filme, animação, cores saturadas e criaturas gigantescas e deformadas bem parecidas com os traços de Frank Miller. Mas daí a transformar uma adaptação em uma animação literal utilizando os quadrinhos como storyboard não funciona. Não existia a menor necessidade de um narrador mala ficar contando exatamente o que está acontecendo na tela durante todo o filme. Parece que a direção quiz colocar alguém para contar a história ao espectador, como as mães que contam histórias para a criança dormir. Sei que a literatura de quadrinhos exige uma organização das páginas e uma descrição prévia dos acontecimentos a serem lidos em determinados momentos, mas daí a levar o filme como uma adaptação ao pé da letra soa meio ridículo. Sem contar com as cenas de batalhas regadas a heavy metal farofa. Putz, em alguns momentos achei que fosse ver uma participação especial dos malucos do massacration dentro do exercito do Rodrigo Santoro.

Filme com um visual maneiro, mas, não passa de machões de cueca e elmo lutando contra a biba gigante e seu carro alegórico.

2 Comments:

Blogger Anaquim said...

Viva os machões de cueca!!!

6:17 PM  
Blogger opiumseed said...

É o filme mais gay e mais hetero de todos os tempos, uma apoteose da diversidade sexual. Estou a escrever a minha resenha sobre 300 ainda.

Eu diria que usar a palavra adaptação para a relação entre 300 quadrinhos e 300 filme é errado. O termo correto é transliteração.

Por mais bobo que seja, vale como experimento. Assim como bobo é (e muito mais na minha opinião) aquele remake frame a frame de psicose que houve já há muito tempo.

2:15 PM  

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