Tuesday, April 10, 2007

"Coitadinha, nunca mais me hei-de esquecer de ela a ressacar, como a mãe, ali aos saltos no berço"


Estou numa fase "Juventude em Marcha" e estou a dias escrevendo um texto sobre o filme, que nunca sai porque toda hora faço novas correções, ou simplesmente o deixo de molho por pura preguiça.


Uma cena que achei muito forte no filme está na sequência em que Ventura conversa com Wanda no quarto, assistindo televisão. Fiquei impressionado com o poder daquelas imagens e diálogos e acho que dificilmente um diálogo soaria tão natural e tão carregado de humanidade diante de uma câmera. As vezes o espectador tem vontade de sorrir, ao ouvir Vanda contar como nasceu sua filha, mas em seguida se sente novamente desconfortável na cadeira ao ouvir palavras tão carregadas de e tristes. Não sei como Pedro Costa organizou aquilo, mas a impressão de proximidade é impactante. A cena em que Wanda desliga o brinquedo da criança porque está começando o programa do "Franklin" é impressionante. Jamais achei que fosse saber que programa era aquele, mas hoje, por puro acaso, ele surgiu na minha frente e na hora me lembrei de Wanda. Infelizmente estou sem a janelinha do youtube que tanto gosto e espero conseguir coloca-la de volta um dia, mas enquanto isso não acontece, fiquem com o link e não deixem de dar uma olhada. O nome do programa é Rua Cesamo, e Franklin Roosevelt é um dos personagens.




Saturday, April 07, 2007

Leônidas Cuecão de Couro vs Xerxes, a Biba Gigante



Acabei de chegar do cinema, fui assistir 300. Gostei muito dos quadrinhos, apesar de ter lido quando moleque. Como estava todo mundo comentando sobre o filme, resolvi arriscar. Parece que está numa moda danada fazer versões cinematográficas para alguns clássicos dos quadrinhos. Isso é bem interessante em alguns pontos, mas muitos cuidados precisam ser tomados. Sin City foi um exemplo interessante do que pode ser feito e do que não deveria ser feito. Puta filme, com efeitos fodas. O visual do homem amarelo ficou tão arrepiante quanto nos quadrinhos, mas o filme parece durar uma eternidade. Não que ele seja tão longo, mas com certeza é cansativo de dar nos nervos. Não precisava tentar entulhar tanta coisa em um pedação só de película, dava para ter dividido.

Trezentos ficou com um visual bem maneiro, ao misturar filme, animação, cores saturadas e criaturas gigantescas e deformadas bem parecidas com os traços de Frank Miller. Mas daí a transformar uma adaptação em uma animação literal utilizando os quadrinhos como storyboard não funciona. Não existia a menor necessidade de um narrador mala ficar contando exatamente o que está acontecendo na tela durante todo o filme. Parece que a direção quiz colocar alguém para contar a história ao espectador, como as mães que contam histórias para a criança dormir. Sei que a literatura de quadrinhos exige uma organização das páginas e uma descrição prévia dos acontecimentos a serem lidos em determinados momentos, mas daí a levar o filme como uma adaptação ao pé da letra soa meio ridículo. Sem contar com as cenas de batalhas regadas a heavy metal farofa. Putz, em alguns momentos achei que fosse ver uma participação especial dos malucos do massacration dentro do exercito do Rodrigo Santoro.

Filme com um visual maneiro, mas, não passa de machões de cueca e elmo lutando contra a biba gigante e seu carro alegórico.

Monday, April 02, 2007

Leão com a boca arreganhada







Imagens que fiz na locação do novo filme do TT. Elas me lembram bastante a antiga casa do sr. Ventura no filme Juventude em Marcha.

"Há muito o que se ver na casa dos mortos; Quando nos derem paredes brancas não poderemos mais ver essas coisas..."